sábado, 13 de março de 2010

Quais são os recentes achados clínicos sobre a associação entre depressão e suicídio?

Objetivo:

Suicídio é uma das maiores causas de mortalidade ao redor do mundo, especialmente entre indivíduos jovens. Suicídio é considerado o desfecho de um fenômeno complexo e multidimensional, e decorrente da interação de diversos fatores. A associação entre
psicopatologia e suicídio tem sido largamente estudada. Dentre os diagnósticos psiquiátricos associados a suicídio, depressão maior se
destaca sobremaneira. Tais achados parecem ser confirmados em diferentes desenhos metodológicos e em distintas populações.
Este artigo visa a revisar sucintamente as contribuições recentes acerca das características clínicas da depressão que se encontram vinculadas
a casos de suicídio. Destacam-se também os esforços de prevenção, no sentido de, ao se detectar e tratar casos de depressão
em serviços gerais de saúde, diminuir o risco de suicídio.

Revisão:

Referências recentes foram identificadas e agrupadas com o intuito
de ilustrar as principais contribuições acerca da interface entre depressão e suicídio. Brevemente, a revisão de literatura aberta aponta
para a grande prevalência do diagnóstico de depressão maior entre os casos de comportamento suicida. Traços psicopatológicos de
agressão e impulsividade parecem exercer um papel relevante no desencadeamento de atos suicidas. Estratégias de prevenção foram
também revisadas nos contextos internacional e brasileiro. De modo geral, a detecção e tratamento de depressão são capazes de reduzir
as taxas de suicídio.

Conclusão:

No campo da pesquisa sobre comportamento suicida, os estudos têm tido caráter pragmático e produziram
um panorama de fatores claramente associados ao suicídio, sem, no entanto, oferecer uma amarração teórica consistente para os
achados. A crescente adoção de modernas técnicas traz uma ampliação das possibilidades de investigação. Para serem clinicamente
úteis, os novos conhecimentos devem possibilitar um olhar mais profundo no mundo de uma pessoa suicida, bem como a adoção de
estratégias específicas de tratamento e de prevenção que fossem mais eficientes para subgrupos populacionais.

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