quinta-feira, 18 de março de 2010

Conclusão

No campo da pesquisa sobre comportamento suicida, os estudos
têm tido caráter pragmático e produziram um panorama de fatores
claramente associados ao suicídio, sem, no entanto, oferecer uma
amarração teórica consistente para os achados. Estes, na maioria
das vezes, podem ser tomados apenas como correlações. Faz-se
necessário que a identificação de fatores de risco e de proteção seja seguida de teorias que possam, de forma abrangente, integrar
os novos achados ao corpo de conhecimento teórico que procura
compreender o comportamento humano.
A crescente adoção de modernas técnicas traz uma ampliação das
possibilidades de investigação. Em um ambiente de pesquisa básica, o desenvolvimento de tecnologia de laboratório tem acarretado resultados mais abrangentes e específicos quanto à inter-relação gene e ambiente, assim como quanto às alterações moleculares vinculadas ao suicídio.
No ambiente de investigações clínicas, novas ferramentas estatísticas (como, por exemplo, análises de Structural Equation Modeling) também possibilitam um refinamento dos achados e uma ampliação do conhecimento gerado.
Para serem clinicamente úteis, os novos conhecimentos deveriam
possibilitar um olhar mais profundo no mundo de uma pessoa
suicida, bem como a adoção de estratégias específicas de tratamentoe de prevenção que fossem mais eficientes para subgrupospopulacionais, ou mesmo para um indivíduo, em particular.

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