segunda-feira, 16 de maio de 2011

Flores Negras

Recolham estas flores negras do jardim do inferno
Flores regadas com minhas lágrimas de sofrimento eterno
Flores sombrias e cheias de espinhos
Flores que plantei quando sofria sozinho
Flores frágeis ao mesmo tempo forte
Flores amargas com perfume de morte.

Recolham estas flores tristes e letais
Que ouviram minhas dores
E agora não ouvem mais.

Recolham estas flores de aparência sombria e pura
Recolham todas elas
E depositem em minha sepultura.

terça-feira, 12 de abril de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Epilepsia



Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística). Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente. A palavra epilepsia vem do grego epilepsia, 'doença que provoca repentina convulsão ou perda de consciência', pelo latim epilepsia.

Tratamento



O diagnóstico de epilepsia deve ser estabelecido de forma definitiva antes do início do tratamento. A decisão de se iniciar o tratamento deve considerar o paciente como um todo: a severidade do quadro clínico e seu prognóstico. Deve-se ter bem claro o propósito deste tratamento e a expectativa do paciente.

Tendo-se decidido que o paciente requer tratamento medicamentoso, depara-se a necessidade de escolher a medicação adequada. Muito importante é ter em conta que a medicação, após instituída, deverá ser mantida durante muitos anos, por vezes até o final da vida. A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente. A consequência imediata da escolha adequada da medicação, associada à eficácia contra as crises, melhora a adaptablidade social do paciente epiléptico, que poderá atender melhor e mais facilmente às exigências de seu meio, dentro de uma vida de qualidade.

A maneira como o indivíduo interage com o ambiente social (família, trabalho, amigos) é bastante afetada pelo fato dele ser um portador de epilepsia. O tratamento deve, portanto, não apenas visar o controle de suas crises, mas a melhora da qualidade de vida do paciente, garantindo uma melhor integração social.

Prognóstico



A maioria das pessoas com epilepsia aparenta levar uma vida normal. Ainda que a epilepsia atualmente não tenha cura definitiva, em algumas pessoas ela eventualmente desaparece. A maioria dos ataques epiléticos não causa lesão cerebral. Não é incomum que pessoas com epilepsia, especialmente crianças, desenvolvam problemas emocionais e de comportamento. Para muitas pessoas com epilepsia o risco de ataques epiléticos restringe sua independência. A maioria das mulheres com epilepsia pode ficar grávida, mas deve discutir com o médico sobre sua doença e medicamentos tomados. Mulheres com epilepsia tem uma chance maior de 90% de ter um bebê saudável.

Crise Epiléptica



É a manifestação clínica causada por uma descarga transitória, excessiva e anormal de células nervosas. Pode ser comparada a uma tempestade elétrica, ocorrendo num grupo de neurônios. As descargas podem variar de local, extensão e severidade, o que leva a uma ampla diversidade de formas clínicas. Os sinais e sintomas de uma crise epiléptica (distúrbios da consciência, dos movimentos ou da sensibilidade) refletem, portanto, a ativação da parte do cérebro afetada por esta atividade excessiva. Pode ser afetada apenas uma parte do cérebro (crise parcial ou focal) ou toda extensão dos dois hemisférios cerebrais (crise generalizada).

É importante lembrar que o termo disritmia, aplicado nesta área, não tem fundamento científico.

Ocorrências



Existe uma variação percentual da prevalência da epilepsia de acordo com regiões. Nos países desenvolvidos sua incidência é estimada em 40-50/100.000 habitantes/ano,enquanto que nos em desenvolvimento é de 122-190/100.000 habitantes/ano. Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo já tiveram ao menos uma crise de epilepsia. Estima-se também que os países em desenvolvimento concentrem 85% dos casos onde 90% dos quais não recebem diagnóstico ou tratamento. Pode iniciar-se em qualquer idade, mas é mais comum até aos 25 e depois dos 65 anos. Também se observa uma leve diferença entre os sexos: há mais homens que mulheres com epilepsia.

Alguns estudos realizados no Brasil também apontam prevalências diferenciadas por região, variando de 1/1000 a 18,6/1000 habitantes.

Causas


Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.

Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise. Existe uma discussão sobre a "personalidade epiléptica" no sistema legal, mas de um modo geral o epiléptico não deve ser considerado inimputável.

Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65% dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática".

Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.

Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por traumatismo provocado por acidente físico, num tumor, numa infecção, no parasita cisticerco, num parto com complicações, meningite, embora em menor frequência pode ser genético, significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium (transmitida através da ingestao de ovos da tênia que se aloja no intestino humano), adquirindo em alimentos contaminados que costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.

Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:

-Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando veem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas)
-Privação de sono
-Ingestão alcoólica
-Febre
-Ansiedade
-Cansaço
-Algumas drogas e medicamentos
-Verminoses (como a neurocisticercose)
-Nervosismo

ONU



A Campanha Global contra Epilepsia - "Fora das Sombras" - é uma iniciativa conjunta da Liga Internacional contra Epilepsia (ILAE), do Comitê Internacional para Epilepsia (IBE) e da Organização Mundial de Saúde. Cada uma das organizações envolvidas tentou, no passado, promover alguma modificação, mas nenhuma de fato foi bem sucedida. O lema oficial da campanha é: "Melhorar a aceitação, diagnóstico, tratamento, serviços e prevenção de epilepsia em todo o mundo", pois calcula-se que 70-80% das pessoas com epilepsia podem ou poderiam levar vidas normais se tratadas corretamente.

Os objetivos da campanha são:

-Aumentar a consciência pública e profissional de epilepsia como doença do cérebro universal e tratável
-Elevar a epilepsia a um novo nível de aceitação no domínio público
-Promover educação pública e profissional sobre epilepsia
-Identificar as necessidades das pessoas com epilepsia nos âmbitos regional e nacional
-Encorajar governos e departamentos de saúde a contemplar as necessidades das pessoas com epilepsia, incluindo consciência, educação, diagnóstico, tratamento, cuidados, serviços e prevenção.

A campanha inclui componentes internacionais, regionais e nacionais, os quais estão inter-relacionados.

Tratamento Clínico



Os principais medicamentos utilizados são:

-Fenobarbital
-Fenitoína
-Valproato
-Carbamazepina

Epiléticos Famosos



Esta lista inclui algumas celebridades que, por sua biografia, supõe-se que tenham sofrido de epilepsia:

-Alexandre o Grande, Imperador da Macedonia
-Alfred Nobel, criador do prêmio Nobel. Há evidências de que sofreu de epilepsia principalmente na infância.
-Caio Júlio César, estadista romano
arquiduque Carlos da Áustria (1771 - 1847))
-Fiódor Dostoievski, escritor russo. Ele começou a ter as crises aos 25 anos de idade. Os ataques se prolongaram até a sua morte aos 60 anos. Nestes 35 anos, o escritor teve cerca de 400 crises convulsivas, que eram seguidas de confusão mental, depressão e distúrbios temporários de fala e memória. "sim, eu tenho a doença das quedas, a qual não é vergonha para ninguém. E a doença das quedas não impede a vida".
-Gustave Flaubert, escritor francês, autor de Madame Bovary. A doença se manifestou aos 22 anos de idade, com crises parciais simples, (com sintomas visuais de curta duração) e depois com crises complexas. Ele também apresentava os sintomas emocionais, como terror, pânico, alucinações, pensamentos forçados e fuga de idéias.
-Hermann von Helmholtz, físico alemão (1821 - 1894)
-Ian Curtis, roqueiro inglês. O vocalista da banda Joy Division (criada em 1977, época seguinte ao estouro do movimento punk) teve a primeira crise convulsiva logo após a estreia em Londres. O show foi decepcionante e a crise o abalou. Depois disso, a excitação dos shows o levava a ter ataques epilépticos em pleno palco.
-Moreira César, coronel das forças Armadas brasileiras teve um ataque durante a expedição do exército a Canudos.
-Machado de Assis, escritor brasileiro
-Margaux Hemingway, atriz americana (1955 - 1996)
-Napoleão Bonaparte, imperador francês. "Gemia e babava, tinha uma espécie de convulsão que cessava ao cabo de um quarto de hora…" (testemunho de Talleyrand, ano de 1805, um dos que atestam que o imperador sofria, desde jovem, de epilepsia)
-D. Pedro I, imperador do Brasil. Segundo os historiadores, ele sofria de epilepsia herdada do lado materno de sua família e antes dos 18 anos já tinha sofrido seis crises.
-Maria Isabel de Alcântara Brasileira, segunda condessa do Iguaçu, foi a terceira filha do imperador D. Pedro I, do Brasil com a amante Domitília de Castro e Canto Melo, marquesa de Santos.
-Richard Burton, ator inglês
-Saul, rei bíblico
-Sócrates
-Van Gogh, pintor holandês. Em uma dessas cartas, quando estava internado em -Sait-Remy, ele escreveu: "as alucinações insuportáveis desapareceram, estando agora reduzidas a um pesadelo simples, eu penso que em consequência do uso que venho fazendo do brometo de potássio", o primeiro medicamento usado para combater crises epilépticas.
-Lenin, revolucionário russo (1870-1924)
-Eric Clapton, guitarrista.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cutting (Self Harm)



Uma das perturbações emocionais que me causam mais tristeza é o cutting.
Muitos jovens e adolescentes assim como eu, pegam facas ou tesouras, ou até mesmo cacos de vidro para se cortar como forma de aliviar a dor e a angustia.
A lógica desse comportamento baseia se na ilusão de que uma dor pode aliviar a outra.
A dor ira lhe proporcionar um breve esquecimento do sofrimento da alma.
Eu sou praticante de cutting, não me importo em dizer, acho que é minha única saída de aliviar minhas chagas e estigmas.
Não vou me importar se comentem contra minha atitude, eu fiz esta escolha, a escolha é minha.
Atenção, meu intuito é divulgar o cutting, não é nenhuma apologia a pratica do mesmo.

Cutting

quarta-feira, 23 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Nunca Desista

Você sabe como é quando
Você se assusta olhando pra si mesmo?
Você sabe como é quando
Você deseja ser outra pessoa
Quem é que não precisa de sua ajuda para sobreviver?
Você sabe como é
Querer se entregar?

Eu não quero me sentir assim amanhã
Eu não quero viver assim hoje
Faça-me sentir melhor
Eu quero me sentir melhor
Fique comigo aqui
E nunca desista

Você sabe como é quando
Você não é quem gostaria de ser?
Você sabe como é quando
Ser o seu pior inimigo
Quem vê as coisas em mim que eu não posso esconder
Você sabe o que é querer se entregar?

Me faça sentir melhor
Você me faz sentir melhor
Você me faz sentir melhor
Traga-me de volta para junto

terça-feira, 15 de março de 2011

Ajudar um amigo ou familiar com Self Harm

É muito difícil chegar a termos com o fato de que alguém que você gosta é vitima de corte ou de auto-mutilação. Você pode sentir-se chocado, confuso, ou mesmo enojado com comportamentos de auto-mutilação e culpado por admitir esses sentimentos. Mas, reconhecendo o seu desconforto para si mesmo é realmente um primeiro passo importante para ajudar. E quando você reconhece o que sente, uma grande parte de ficar fora de qualquer aversão ou repulsa sobre auto-mutilação é aprender sobre isso. Entender porque o seu amigo ou membro da família se machuca pode ajudá-lo a ver o mundo de seus olhos, dando-lhe uma perspectiva nova e importante e tornando-o mais preparado mentalmente para ajudar.

Profissionais de tratamento para o corte e auto-mutilação

Você pode precisar de apoio adicional para parar de cortar a si mesmo ou auto-mutilação, mas que procuram esta ajuda pode ser um processo confuso e intimidante, especialmente sob estresse emocional. Compreender quando procurar tratamento profissional, o que ver, e como ele vai funcionar pode ajudá-lo a superar seu medo ou indecisão, a fim de obter a ajuda que precisa.

Quando começar a ajuda.
Embora qualquer pessoa que self-fira podem beneficiar da ajuda de um profissional, é especialmente importante procurar ajuda se o seu próprio trabalho para parar não está ajudando o seu comportamento. O tratamento profissional é mais provável de funcionar se a pessoa que se auto-prejudica é quem toma a decisão de procurá-lo.

Profissional tratamento.
O curso normal do tratamento de auto-mutilação é a terapia da conversa, na qual você vê terapeuta especializado que pode ajudá-lo a chegar à raiz do motivo pelo qual você auto-flagelação. Outros tipos de tratamento para os ferimentos auto-incluem-terapia comportamental cognitiva, terapia de grupo, terapia familiar, e hipnose. Depois de escolher um terapeuta, você pode trabalhar com essa pessoa a encontrar o tratamento que é adequado para seu caso individual.

Quem ver.
Você pode escolher uma assistente social, terapeuta do trauma, psicólogo ou psiquiatra, mas a certeza de que ele ou ela é treinada para lidar com a automutilação. Este terapeuta deve ser alguém que aceita a auto-mutilação, sem condená-lo, e que está disposta a ajudá-lo a trabalhar para pará-lo em seu próprio ritmo. Você deve se sentir à vontade com ele ou ela, mesmo falando através de seu pessoal de questões mais.

Nota de Suicídio

Cada noite
Todas as noites
Você escreveu outra linha
Com uma garrafa quebrada, sangrenta
E todos os dias
Você deseja que isso acabe
Por que você não puxa o pino
Daquela granada
Que você abraça?

Eu queria acreditar
Corpos balançando nas árvores
Lutando para resistir
Com a cabeça nas mãos
Uma última resistência estóica
De um morto

Eu queria acreditar
Enquanto eu olhava o seu mundo
Se desfazer em suas mãos
Eu queria acreditar
Enquanto você levantava a taça
Para a sua última resistência
E eu queria acreditar
Que você iria ganhar
A guerra em sua cabeça
Que eu não entendia
Que eu não entendia

Todas as noites
As perguntas se derramavam
Dos seus olhos feridos
Coisas muito sombrias
Todos os dias
Você costumava rezar
Escute o corvo negro cantar
Você queria acreditar
Enquanto você caía de joelhos
Lutando para resistir
Com a sua vida na mão
A última triste resistência
De um homem destruído

Eu queria acreditar
Enquanto eu olhava o seu mundo
Se desfazer em suas mãos
Eu queria acreditar
Enquanto você levantava a taça
Para a sua última resistência
E eu queria acreditar
Que você iria ganhar
A guerra em sua cabeça
Que eu não entendia
Que eu não entendia

Eu queria acreditar
Enquanto eu olhava o seu mundo
Se desfazer em suas mãos
Eu queria acreditar
Enquanto você levantava a taça
Para a sua última resistência
E eu queria acreditar
Que você iria ganhar
A guerra em sua cabeça
Que eu não entendia
Que eu não entendia

E as perguntas derramam
Eas perguntas derramam
Eu não entendi
Eu não entendi
Eu não entendi
Eu não entendi
O som da sua queda
Eu não entendi
Como o coração trêmulo de um homem
Não entendi
O som de um coração trêmulo

Ferida

Eu não sou um desconhecido
Não, eu sou seu
Com raiva aleijada
E lágrimas que ainda gotejam feridas

Uma flama frágil envelhecida
É miseravel
E quando nossos corações se encontram
Eu sei que você vê

Eu não quero estar com medo
Eu não quero morrer por dentro para respirar
Eu estou cansado de me sentir tão entorpecido
O alívio existe. eu o encontro quando
Eu estou ferido

Eu posso parecer louco
Ou dolorosamente tímido
E estas cicatrizes não seriam escondidas assim
Se você me olhar apenas nos olhos
Eu sinto solidão e frio aqui
Embora eu não queira morrer
Mas o único anestésico que me faz sentir bem,
Mata por dentro

Eu não quero estar com medo
Eu não quero morrer por dentro para respirar
Eu estou cansado de me sentir tão entorpecido
O alívio existe. eu o encontro quando
Eu estou ferido
Dor
Eu não estou sozinho
Eu não estou sozinho

Eu não sou um desconhecido
Não, eu sou seu
Com raiva aleijada
E lágrimas que ainda gotejam certamente

Mas eu não quero estar com medo
Eu não quero morrer por dentro para respirar
Eu estou cansado de me sentir tão entorpecido
O alívio existe, eu o encontrei quando
Eu estava ferido

segunda-feira, 14 de março de 2011

Depoimento (Self Harm)

Houve um tempo em que tentei mascarar a minha dor, minha tristeza e minha amargura.
Me escondi por trás de um sorriso e tentei não olhar para trás, para o meu passado assombrado , de medos e incerteza , fugindo de mim mesmo.
As coisas estão passando mais depressa , o tempo diminui , a vida passa, o tempo passa, estou caindo outra vez ...
Em meus olhos surge uma lágrima, sinto um vazio imenso, estou só na escuridão.
Não posso apagar a dor que senti por tanto tempo.
Estou morrendo, sangrando, gritando ... mas ninguém parece me ouvir.
Foi então que percenbi que não posso fugir de mim, estou crucificado em minha dor, mas me sinto bem, não á nada que eu possa fazer para mudar minha vida.
Sem a mascara onde me esconder, não posso me encontrar perdido em tantas mentiras .
A solidão é minha única companhia .
Eu me afastei de todos e de tudo, com medo de ser incompreendido , pois sei que por mais que eu tente me explicar, sempre serei o errado na historia. Eu percorri um longo caminho pago com o sofrimento.
Sou somente um corpo multilado, minha alma e espirito clamam por salvação, por alguem que possa me ajudar, mas como ?
Não consigo fazer com que tudo acabe, não posso fazer com que tudo se vá ... Simplesmente não vai desaparecer .
As vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim , então deixo a navalha percorrer minha pele, o sangue a banhar meu corpo, com o tempo sera somente mais uma cicatriz em meio a muitas outras , somente através do sofrimento consigo sentir meu coração bater , e saber que ainda estou vivo , mas nem sempre foi assim.

sábado, 12 de março de 2011