domingo, 4 de abril de 2010

Meus Pulsos Cortados

Abandonado em meu quarto
isolado do mundo
segurando o teu retrato
mergulho em sofrimento profundo.

São tantas as memórias, tantas as recordações.
Sonhos Traídos, Falsas Ilusões.
Esperança que caiu por terra...vazio...
Desfeito, caído, frio...

Em lágrimas escrevo nas paredes,
Palavras em surdina,
Sentimentos apanhados em redes,
Sufocados nesta quina.

Não disponho de robustez capaz
para me erguer do chão
O fim do amor sempre trás
Uma adaga no coração.

Escrito em sangue o sofrimento,
Pulsos cortados respiram o ar sufocante,
Que morra o sentimento,
Como morro eu, aqui perante

A tua falsa sombra que me persegue,
A falsa utopia de quem consegue,

A dissonância do silêncio,
A taciturnidade do movimento,
Em minha alma o incêndio,
Os passos lentos do abismo para o tormento.

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