quarta-feira, 30 de junho de 2010

Decepção

"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras."

Já não há amizade. Não há mesmo. É com muita pena que digo isto. Escrevo isto. Custa-me. Nem imaginam quanto. Sou daqueles que ainda acredita ou melhor, acreditava, na amizade pura, que dá sem pedir em troca, sem cobrar, nada. Mas sobretudo, sou daqueles que acredita ou melhor, acreditava na amizade sem traição.

Tenho grandes amigos. Não muitos até porque aqui se aplica a velha máxima da qualidade versus quantidade. Mas grandes. De uma dimensão humana tremenda. Daqueles que no momento certo, de dor, dificuldade, estavam lá, com a sua mão, o seu abraço, a sua palavra. Daqueles que jamais seriam capazes de me trair. E que orgulho tenho eu neles. Vocês sabem disso e sabem quem são, não sabem?

Depois há os outros. Os que pareciam ser mas afinal não. Nada mesmo. Grandes amigos, mas de si próprios, do seu infinito ego. Esses não me interessam, não os quero e por isso daqui lhes mando um recado muito muito sincero. Não percam o vosso tempo comigo. Já dei demais para o vosso peditório. E mais: todos vocês sabem quem são, não sabem?

Quem não nos aprende, e aceita como somos, não vale a pena tomar como amigos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário